segunda-feira, 21 de maio de 2012

CAERN DO FORTE DA SAMAÚMA


Nível: 3
Película: 3
Tipo: Honra (Força de Vontade)
Estrutura: Uktenas e Andarilhos do Asfalto, aberto a todas as Tribos.
Totens: A Grande Samaúma e Tapirê-iauara (A Onça D’água).
Seita: Guardiões do Utinga



GEOGRAFIA

O Caern da Seita dos Guardiões do Utinga está localizado dentro do Parque Ambiental de Belém, o Parque do Utinga, um complexo que abrange os mananciais das águas que abastecem a cidade de Belém. Esses mananciais são compostos por um sistema de lagos (Bolonha e Água Preta), rios (Guamá e Aurá) e pequenos igarapés (Água preta, Utinga, Murucutu e Buiussuquara), integrados ao entorno florestal que compõem a reserva ambiental.


Essa grande área verde entrelaçada por vias de asfalto, terra batida, areia, lama e humos, é um dos locais mais aprazíveis de Belém, apesar de pouco frequentado pela população da cidade. 
A limpeza da margem do Bolonha, fronteiriça à estrada do Utinga, foi realizada recentemente pela Companhia de Saneamento, o que aumentou a frequência com que turistas e visitantes humanos vêm até o local, além de permitir uma visualização ampla desse lago. Já o lago Água Preta, bem maior que o Bolonha, é mantido propositalmente escondido pelas grandes árvores que crescem em sua orla.

A Estrada da Moça Bonita, em seu trecho compreendido entre a estrada da CEASA e o lago Bolonha, é apenas uma trilha, e constitui-se na principal via que cruza a área mais interna do Caern. No sentido lago Bolonha/bairro da Guanabara, a estrada da Moça Bonita foi recentemente alargada, e recebeu terraplenagem em piçarra; contudo, não seria possível transitar por ela em automóveis de passeio.
O acesso à estação de bombeamento que fica na margem do rio Guamá é difícil e guardada por parentes infiltrados na Companhia de Saneamento que não permitem a circulação de pessoas estranhas pela área.
O Utinga é bem policiado pelos membros da Seita e seus parentes, o fluxo de pessoas nas caminhadas matutinas em volta das matas na divisa do Caern não costuma causar problemas a comunidade Garou local. A presença constante de militares da aeronáutica e do exército que fazem exercícios físicos e treinamentos rotineiros na área costuma ser observada de perto pelos Guardiões do Caern e parentes infiltrados na Polícia Ambiental.



DIVISAS

O Caern ocupa uma área aproximada de 1.340 hectares, na região fronteiriça das cidades de Belém e Ananindeua, e é cercado pelos bairros periféricos do Aurá, Águas Lindas, Guanabara, Castanheira e Curió-Utinga. 
Dentro do parque há um batalhão de Polícia Ambiental, diretamente influenciado por Parentes Andarilhos do Asfalto, com a missão de fiscalizar e orientar visitantes e moradores da vizinhança sobre a preservação desse santuário ecológico. O Parque também sedia a principal estação de tratamento de água da cidade, a Estação da Companhia de Saneamento do Pará (COSANPA), que é responsável pelo bombeamento das águas do rio Guamá aos “reservatórios” Bolonha e Água Preta e pelo sistemático tratamento à potabilidade no acúmulo fluvial e pluvial desses dois lagos.


Lado Norte - A fronteira Norte do Caern é delimitada pela Av. Almirante Barroso/BR 316, no perímetro entre a Praça São Cristóvão (próximo Hospital da Aeronáutica) e o Viaduto do Coqueiro. Ela engloba um perímetro urbano dos bairros do Curió-Utinga, Castanheira e Guanabara. O Espírito da estátua de São Cristóvão, na praça de mesmo nome, é mantido desperto por Mãe Clarisse "Cata-Retalhos" (RO Galliard 3º Posto) e serve de guardião da Seita, a ele estão associados espíritos-pombos que mantêm vigilância sobre a fronteira norte do Caern, além de espíritos-cães-perdidos e gafflings da barata e do rato, que agem como informantes da Vigia Selene “Garras-de-Titânio” (AA Ahroun 3º Posto), alertando para qualquer fato estranho dentro do perímetro urbano das divisas do Forte da Samáuma. Mãe Clarisse e Coçadinha (RO Ragabash 1º Posto) mantêm parentes no bairro do Curió-Utinga e estão sempre atentos a corrente de latidos formadas pelos vira-latas locais.

Lado Sul - A fronteira Sul do Caern é delimitada pelo Rio Guamá. Atiaia, um jaggling da Garça, aliado da Seita, ajuda os a matilha de guardiões do Caern mantendo-se atento a movimentação no Anhingal às margens do rio, ajudado por gafflings da garça sob suas ordens.

Lado Oeste - A fronteira Oeste do Caern inicia delimitada pela Passagem Ana Deusa no perímetro entre a Pça São Cristóvão e a Rua do Utinga, segue pela Rua do Utinga até as margens do Lago Bolonha, onde passa a acompanhar o curso do Igarapé do Murucutu que segue ao sul até desaguar no Rio Guamá próximo ao Campus da FCAP. A Sede do Batalhão de Polícia Ambiental fica as margens da Rua do Utinga e serve de posto avançado contra os Vampiros de Belém, a Estação de Tratamento de Água da COSAPA está localizada próxima ao Batalhão. Estes dois pontos importantes estão cheios de gafflings da barata e parentes Andarilhos do Asfalto podem ser encontrados infiltrados nos altos escalões, tanto do Batalhão, como da Estação de tratamento de Água. Ao sul, as margens do Igarapé do Murucutu, próximo ao trevo da estrada da CEASA, alguns metros mata a dentro, ficam as ruínas do Engenho do Murucutu. O Igarapé é o lar de Baquaraúna, um poderoso espírito-serpente aliado da Seita que ajuda a vigiar a fronteira oeste do Caern auxiliado por espíritos-sapos sob o seu comando.  

Lado Leste - A fronteira Leste do Caern é delimitada pela Rodovia Osvaldo Cruz, no bairro de Águas Lindas, seguindo em linha reta através do bairro do Aurá até a margem do Rio Guamá. Um Jaggling do Rato conhecido como "Dom Ratón" e sua gangue de gafflings ajudam os membros da Seita a monitorar as ameaças vindas do lixão do Aurá, a leste dali.


PAISAGEM UMBRAL


Dentro das divisas o mundo espiritual é forte, sobretudo na área em volta da sombra do imenso Filho da clareira no coração do Caern, embora a presença humana nas cercanias não permita mais uma manifestação pura de Gaia. Na Penumbra, próximo ao Centro, a alguns metros da clareira da Grande Samaúma, ergue-se uma muralha de grandes pedras recobertas com limo e trepadeiras que justifica o nome dado pelos Garou ao local. A muralha de pedras protege o lado norte formando um semicírculo que realmente lembra as ruínas de um antigo forte da época colonial, seu reflexo no mundo físico, entretanto, revela apenas uma barreira natural de árvores, arbustos e cipós especialmente densa e difícil de penetrar.
Dentro dos limites do Caern é possível encontrar manifestações de espíritos menores ligados à ninhada de Uktena e a natureza do local como pássaros, sapos, lagartos, cobras, peixes, e até mesmo espíritos urbanos menores ligados a Wyld como gatos, cães perdidos e ratos. A presença de espíritos da Weaver dentro da área do Caern vem crescendo lentamente e já pode ser percebida na presença marcante de gafflings da barata e da vespa, além das aranhas-padrão que rondam os limites das divisas.


DEFESAS

Os parentes são parte importante da estratégia de defesa do Caern, infiltrados em meio ao batalhão da polícia ambiental e entre os funcionários mais dedicados da Estação de tratamento da COSANPA, eles constituem a primeira linha de defesa da Seita dos Guardiões do Utinga e podem até mesmo chegar a ser honrados com renome e algum respeito entre os Garou locais, a exemplo do Comandante Arruda, parente dos Andarilhos do Asfalto que comanda o Batalhão sediado no Parque Ambiental. 
Espíritos menores que servem aos totens do Caern (pássaros e pequenos roedores que fazem seus ninhos e tocas nas árvores locais, bem como peixes, lagartos e sapos que vivem nos mananciais e igarapés) estão sempre de olho em qualquer movimentação estanha na paisagem umbral e são instruídos a remeter informações sobre qualquer alteração à própria Grande Samaúma ou a Tapirê-iauara, a Onça d’água. Guaimiaba, a grande onça-pintada, protege o Centro do Caern e dificilmente se afasta de seu posto de vigília a sombra da Grande Samaúma. 
As fronteiras mais externas das divisas do Caern são defendidas por Jagglings conjurados e mantidos pela seita que servem como espíritos-guardiões suprindo em parte a deficiência de Guardiões Garou, após as perdas durante a recente Guerra contra os Dançarinos da Espiral Negra que haviam estabelecido um Fosso da Wyrm sob o antigo Presídio de São José.
As muralhas no reflexo umbral do Forte da Samaúma são protegidas pelo ritual da Ravina Encoberta, sendo invisíveis para aqueles que não são membros da Seita, e sua contraparte no mundo físico é resguardada pelo ritual Roedor de Ossos de “Não Ultrapasse” (humanos são obrigados a realizar um teste de força de Vontade, dificuldade 6, e obter 5 sucessos para cruzar a barreira natural de vegetação e alcançar o centro do Caern). Fora dos limites da Muralha e imediatamente a sua volta, montam guarda a Vigia do Caern, Selene “Garras-de-Titânio”, e sua matilha de Guardiões Garou. 

CENTRO

Trata-se de uma grande clareira, com cerca de 50 metros de diâmetro, na ponta da enseada que se projeta sobre as águas Lago Água Preta. Toda a clareira encontra-se sob a sombra de uma gigantesca Samaúma com 50 metros de altura e uma base de 5 metros de diâmetro. Durante o dia os raios de sol penetram na copa da frondosa e centenária árvore em feixes esparsos, que juntamente com o canto dos pássaros compõem um cenário quase idílico. O Centro do Caern é mantido sob permanente vigilância por Guaimiaba, o Cabelo de Velha, um grande e poderoso espírito-onça-pintada que costuma manter-se sorrateiro sobre a copa da grande árvore a espera de estranhos ou incautos que ousem pisar o solo sagrado sem a devida autorização. É na clareira sob a sombra da Grande da Samaúma que costumam ser realizadas as Assembleias e os mais importantes Rituais dos Guardiões do Utinga.






LUGARES IMPORTANTES

A Muralha 

A Clareira da Grande Samaúma, o coração do Caern, é protegida por uma grande muralha de pedra, em formato circular e com cerca de 450 metros de diâmetro com uma única abertura, de mais ou menos 20 metros, no lado sul. A muralha lembra ruínas antigas de um forte de época colonial. Ela é formada por grandes blocos de pedra que se erguem a pelo menos 5 metros de altura e possui cerca de três metros de espessura. Embora esteja recoberta por musgo, cipós e trepadeiras a construção e bastante sólida, contudo, a edificação é meramente uma manifestação da ressonância espiritual do Caern que resiste há séculos ao cerco cerrado de metamorfos hostis e vampiros, expressando a determinação da Seita que o habita, no mundo físico a muralha é substituída por uma vegetação especialmente densa, espinhosa e difícil de penetrar (Raciocínio+Sobrevivência, dificuldade 7). Apesar de sua imponência e importância simbólica e tática, a Muralha em si não representa um obstáculo à altura da força e habilidades físicas e sobrenaturais da maioria das raças metamórficas hostis e malditos que poderiam lançar um ataque contra o Centro do Caern a partir da Umbra. Assim, os rituais da Ravina Encoberta e de Não Ultrapasse costumam ser conjurados periodicamente sobre a Muralha dificultando o acesso ao Caern tanto através do Reino, como da Umbra.

A Toca da Serpente

Entre as majestosas raízes tabulares da Grande Samaúma no Coração do Caern, encontra-se a Toca da Serpente, um abrigo subterrâneo, com uma passagem estreita camuflada pela presença de vegetação rasteira, onde, tradicionalmente, costuma-se abrigar o Líder vigente da Seita dos Guardiões do Utinga. O interior é formado por um ambiente de cerca de 200 m2, todo o local parece ter sido literalmente escavado na terra e é mantido estável pelas próprias raízes da Grande Samaúma. Espíritos Serpentes rastejam pelo interior do local e a escuridão é quebrada apenas pelo leve brilho avermelhado de uma grande pedra no centro do compartimento, as relíquias da seita e antigos registros gravados na forma de glifos elegantemente pintados em pergaminhos e couro de animais podem ser encontrados aqui.




O Bosque da Memória

Dentro dos limites da Muralha no lado leste, encontra-se um bosque de árvores antigas com os troncos marcados por glifos talhados pelas garras dos mais memoráveis Galliard da Seita. Os Glifos possuem espíritos ligados a eles que transmitem aqueles que os tocam impressões sobre as histórias que guardam. Este é o bosque da memória, ele guarda um registro da história dos Guardiões do Utinga. Cada árvore conta a história de um herói lendário, matilha ou uma passagem importante na história Garou na Região. Aqui os Guardiões do Utinga celebram seus rituais aos falecidos. O centro do bosque é marcado por um majestoso Ipê Roxo que guarda os glifos que versam sobre a Litania Garou, segundo a visão dos Uktenas, em torno dele cinco árvores frondosas relembram as histórias dos cinco heróis lendários dos Guardiões do Utinga, os cinco primeiros líderes da Seita: uma samaumeira conta a história de Tezcat “Resgata-os-Segredos” (UK Theurge Posto 5), pioneiro Uktena na região que realizou o ritual que aprisionou o maldito sob a cidade; outra samaumeira é dedicada a Ykatean “Abre-Caminhos” (UK Theurge Posto 5), aquele que realizou o ritual de criação de Caern que deu Origem ao Forte da Samauma; uma castanheira conta a história de Moacir “Sombra-da-Castanheira” (UK Theurge Posto 5), lendário filho de Ykatean e bisneto de Guaimiaba por linha materna, que governou a seita por incríveis 130 anos; uma Maçaranduba registra os feitos de Ubiratã "Presa-da-Grande-Serpente" (UK Ahroun Posto 6), personagem quase mítico, fonte eterna de inspiração dos membros de sua tribo, primeiro Ahroun a governar a Seita; e, por fim,  uma embaubeira relembra as realizações de Apoena “Ilumina-a-Noite-Escura” (UK Ragabash Posto 5), primeiro Ragabash a dirigir a Seita e o único Garou até o momento assumir tal cargo antes de alcançar o 5º posto, aquele que governou com sabedoria durante os dias mais sombrios dos Guardiões do Utinga. Outra árvore notável no bosque é um Ipê Amarelo com um altar esculpido no tronco onde se pode ver uma imagem de Nossa Senhora de Nazaré, este Ipê Amarelo flore apenas em Outubro e registra os feitos da matilha dos Humildes Servos da Rainha da Amazônia, formada pelo Theurgue Filho de Gaia, Joaquim “Herdeiro-do-Manto-Justo”, o e o Ragabash Uktena, Açuã “Aperta-as-Amarras-dos-Malditos”.

A Clareira do Sol Poente

No interior da Muralha, ao lado oeste, encontra-se uma clareira irregular, de não mais do que vinte metros de diâmetro, que serve de local para realização de rituais obscuros realizados pelos Uktenas da Seita. Nada cresce nessa clareira e o solo arenoso está completamente exposto. Espíritos da noite rondam o local sob a luz das estrelas e mesmo sob a luz do dia a clareira guarda um ar soturno. Airumã, um espírito-rasga-mortalha, observa toda a movimentação dos arredores desde seu posto de observação nos galhos de uma árvore morta na penumbra às margens da clareira.   

O Ninho das Vespas

Fora dos limites da Muralha, em uma grande enseada a noroeste do Centro do Caern está localizada uma pequena cabana de madeira de 10x20 metros, conhecida como “Ninho das Vespas”. Painéis solares, uma pequena antena parabólica e uma antena de rádio compartilham espaço no teto do lugar. Três pequenos ambientes dividem o interior da construção: uma sala-alojamento, um banheiro com água encanada e uma pequena cozinha. Um velho saco de boxe pode ser visto pendendo em uma das árvores próxima e uma grande placa afixada na parede externa da cabana adverte: “Cães Raivosos, Não se Aproxime!”. Esta é a sede de operações dos atuais Guardiões do Caern e ponto de Encontro preferido dos Andarilhos do Asfalto locais desde a queda da Seita da Marreta de Aço. Um grande ninho de cabas preenche um vão na cumeeira da cabana e dá nome ao local, os espíritos vespas contatados pelos Andarilhos garantem que as cabas ataquem apenas os visitantes não autorizados, tanto no mundo físico, quanto no reflexo umbral do lugar.

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